Crítica | Call of Duty: The Haunting encerra Black Ops 6, mas mantém o espírito do Halloween com Verdansk, Jason, Chucky, Predador, novos mapas e armas
- Lucas Venancio
- há 3 horas
- 6 min de leitura
Recebemos o código do Passe de Batalha da Temporada 6 da Activision e Theogames para produzir esta crítica, agradecemos pelo suporte de sempre.

Uma despedida sombria antes do novo capítulo
A Temporada 6 “The Haunting” marca o encerramento do ciclo de Call of Duty: Black Ops 6 e Warzone, antes da chegada de Black Ops 7 em 14 de novembro. E, como manda a tradição, a franquia entrega um dos conteúdos sazonais mais aguardados pelos fãs desde 2020, quando a temática de Halloween se tornou símbolo de criatividade e sucesso comercial dentro do universo de Call of Duty.
A cada edição, The Haunting não é apenas um evento: é um espetáculo visual, temático e cultural, com pacotes inspirados em personagens icônicos do terror. Já vimos Ghostface, Jigsaw, Leatherface, Donnie Darko, Spawn e Michael Myers assombrarem os operadores e neste ano, a festa macabra ganha Jason Voorhees, Chucky e Tiffany, além do Predador, que chega em três versões, celebrando o novo filme Predador: Terras Selvagens.
The Haunting no Warzone: o terror voltou para onde tudo começou
Verdansk voltou e mais sombria do que nunca. A versão noturna do mapa clássico retorna em grande estilo e com uma atmosfera arrepiante, recriando o clima do evento que conquistou a comunidade em 2020. O Warzone revive seus tempos de glória com modos inéditos e o retorno de favoritos absolutos.
A chegada do modo Battle Royale Casual Z, que adiciona zumbis espalhados pelo mapa. Eles dropam itens valiosos e, quanto mais fortes, melhores as recompensas. A presença de bots deixa as partidas mais acessíveis, mas não menos caóticas, especialmente quando as hordas começam a te perseguir no meio de um tiroteio.
Mas o verdadeiro show é a volta do Zumbi Royale, um dos modos mais amados de todos os tempos. Ao morrer, o jogador retorna como um zumbi, com habilidades de grande salto, imunidade ao gás, camuflagem em objetos e ataque de P.E.M., que desativa equipamentos e o HUD dos inimigos. Ao coletar três vacinas, é possível se curar e voltar à partida com seus equipamentos.
Caso caia de novo, o esquadrão precisa te recomprar. Uma novidade são os portais espalhados por Verdansk, que funcionam como antigos balões de reposicionamento ideais para fugas rápidas ou reposicionamentos estratégicos.
Outro novo item é a injeção mutante, inspirada no modo Zumbis de BO6, que transforma o jogador em uma aberração temporária, aumentando força e resistência.
E o clima noturno não fica restrito a Verdansk: a Ilha do Renascimento também recebe sua versão sombria com o modo Ressurgência Casual Z, seguindo o mesmo modelo do BR Casual, mas em escala reduzida.
Em breve, faremos uma matéria exclusiva sobre os quatro grandes eventos da Temporada 6 então, fique ligado na
Be Geeks para a cobertura completa de Call of Duty. E vale ressaltar que estamos no escalão 75 do passe, faltando um pouco mais de 40 dias para seu fim.
Mapas do Multiplayer: entre a gravidade zero e o caos absoluto
No multiplayer de Black Ops 6, três novos mapas se destacam e um deles entra fácil para o hall de mais criativos da série.
Gravity
Sem dúvidas, um dos mapas mais interessantes lançados nos últimos anos. Ambientado na base A.T.A.A, explorada na campanha e sendo uma das missões mais ousados da franquia no modo, ele coloca o jogador numa área com gravidade zero. Isso muda completamente a gameplay, oferecendo combates flutuantes, tiroteios verticais e novas possibilidades de movimento. Uma experiência diferente e ousada e, acima de tudo, divertida.
Moothball
Um mapa pequeno e caótico, também ambientado na A.T.A.A. O ritmo é insano, sem espaço para respirar. Essa freneticidade, criticada ao longo da vida útil do BO6, continua presente: respawns rápidos, movimentação acelerada e tiroteios constantes. Para quem gosta de intensidade, é um prato cheio; para quem prefere estratégia, pode se tornar exaustivo.
Rig
Um posto de gasolina sombrio, cercado por um motel, restaurante e garagens. O mapa lembra cenários clássicos de filmes de terror, com uma ambientação de cair o queixo. Com Gravity, forma um dos melhores duos de arenas recentes. Ambos estão disponíveis na playlist Moshpit da Temporada 6.
E claro, o Halloween não estaria completo sem Nuketown, que agora ganha sua versão Boo-Town, um trocadilho genial e visualmente encantador. As casas estão repletas de decorações típicas americanas, e o mapa possui playlist exclusiva 24/7.
Modos Especiais: Jason, Chucky e muito sangue
O novo modo “Mata-Mata Dilacerador: Jason” é uma mistura entre Infectado e Caça aos Objetos. Um jogador assume o papel de Jason Voorhees, com direito a teletransporte, velocidade aprimorada, facão e machado arremessável, enquanto os sobreviventes contam apenas com granadas de concussão e precisam se esconder usando gritos para enganar o caçador. O último sobrevivente recebe duas katanas e pode virar o jogo.
Apesar de divertido, o modo é pouco memorável e serve mais como uma distração temporária do que algo que vai se manter ativo. Em breve, o mesmo formato chegará com o “Mata-Mata Dilacerador: Chucky”, prometendo ainda mais caos e risadas nervosas.
Novas Armas e Itens: entre o clássico e o sobrenatural
A Temporada 6 também trouxe um arsenal digno de pesadelo e prazeroso de usar:
SMG Desden 9mm (MP-40 clássica) – Desbloqueada na página 3 do Passe. Boa arma, divertida, mas sofre no meta atual. Ainda assim, traz uma sensação retrô inconfundível.
Fuzil de Assalto Merrick 556 – Página 6 do Passe. Arma equilibrada, precisa e com ótima cadência. Uma das melhores novidades da temporada.
Motosserra – Arma corpo a corpo temática de Halloween. Engraçada e brutal, mas inviável em partidas sérias devido à alta velocidade do jogo.
Ressonador X52 – Arma especial de evento, inspirada em energia sobrenatural e definitivamente a cereja do bolo. Ela é a mais divertida de se utilizar, mesmo sendo "viajada". Mas já que estamos nessa época do ano, podemos passar pano para esse item. Possui quatro modos de disparo, incluindo um tiro horizontal devastador. No Warzone, é destruidora, especialmente no modo Zumbi Royale no automático tradicional que é meu favorito.
Kit de conversão de cano duplo (GPR91) – Página 7 do Passe. Permite disparar dois projéteis simultaneamente; difícil de dominar, mas recompensadora. Vale a pena o teste, fica ótima e diversificada a arma.
Booster de boca (GPMG-7) – Melhora cadência e velocidade de projéteis, mas aumenta o recuo. Um acessório divertido para experimentar em uma arma esquecida, mas é um item irrelevante. Contudo, sempre destaco o valor para adições dos kits de conversão, elas melhoram a vida útil do game.
Passe de Batalha e BlackCell: o apelo do terror premium
O Passe de Batalha da Temporada 6 é um dos mais caprichados já feitos, tanto na versão tradicional quanto na premium BlackCell. Os visuais são inspirados em vampiros, lobisomens, caçadores de fantasmas, criaturas noturnas e muito mais, com itens que brilham no escuro e efeitos sobrenaturais impressionantes.
Para quem optar pelo BlackCell, o destaque é o operador “Dread”, com estética inspirada em monstros de Halloween. Além disso, há:
Impulso de 10% de XP
20 Pulos de Escalão
1.100 Pontos COD
Golpe Finalizador “Batida em Ascensão”
Projeto Obra-Prima “Forma de Vida Modificada” (Tanto.22 SMT com traçantes vermelhos)
Tela de Arma “Lista de Mortes”
Insígnia de Clã BlackCell
E o bônus de lealdade cumulativo, com até 50% de XP adicional para quem compra o BlackCell desde as temporadas anteriores.
Mesmo não sendo essencial, é o melhor momento para investir caso você curta o tema — o conteúdo é riquíssimo, e o capricho visual impressiona.
Conclusão: o encerramento perfeito para um ciclo não perfeito
Com “The Haunting”, Call of Duty: Black Ops 6 e Warzone encerram suas jornadas em grande estilo antes da chegada de Black Ops 7. É uma temporada repleta de nostalgia, ousadia e puro entretenimento, com Verdansk noturna, modos icônicos, mapas criativos, armas divertidas e um passe de Halloween impecável.
Mesmo com pequenos tropeços como o ritmo caótico do multiplayer e modos secundários esquecíveis, essa temporada prova o porquê The Haunting é um evento que transcende o jogo e se tornou um ritual anual de celebração do terror. Mesmo sendo dentro de Black Ops 6 que foi se desprendendo aos poucos de sua comunidade ao longa de sua vida útil.
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