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Crítica | Beta Call of Duty: Black Ops 7 - Treyarch tenta reconquistar a comunidade com ajustes, modo sem SBMM e nostalgia do BO2

  • Foto do escritor: Lucas Venancio
    Lucas Venancio
  • 10 de out.
  • 4 min de leitura
Recebemos o código antecipadamente da TheoGames e da Call of Duty Brasil para a produção deste conteúdo, a quem agradecemos pelo suporte.

Gameplay de Call of Duty: Black Ops 7 capturada pela Be Geeks
Reprodução: Be Geeks

Contextualizão até a chegada de Call of Duty: Black Ops 7


Nos últimos anos, Call of Duty vem enfrentando fortes críticas da comunidade e dos fãs da indústria. Boa parte dessas reclamações se deve a decisões criativas e técnicas questionáveis.

O desgaste começou com o lançamento de dois Modern Warfare seguidos, acompanhados de problemas internos — mesmo que MW3 (2023) tenha sido um jogo distinto de seu antecessor, com outro estúdio e bons feedbacks no multiplayer. Ainda assim, o público enxergou o título como uma “DLC” disfarçada, e não como um novo jogo.


Gameplay de Call of Duty: Black Ops 7 capturada pela Be Geeks
Reprodução: Be Geeks

Agora, a história parece se repetir com o lançamento de Black Ops 7 — dois jogos da mesma sub-série consecutivos. Segundo a Treyarch, o desenvolvimento de Black Ops 6 e 7 ocorreu em paralelo e sem problemas nos bastidores. Mesmo sendo o Call of Duty mais vendido da história, Black Ops 6 viu sua base de jogadores abandonar o game rapidamente.


Gameplay de Call of Duty: Black Ops 7 capturada pela Be Geeks
Reprodução: Be Geeks

O principal motivo foi o cansaço visual e mental causado pelo ritmo intenso: movimentação extremamente rápida, mapas pequenos e o SBMM (Skill-Based Matchmaking) ativo, que tornava cada partida competitiva ao extremo. Além disso, o excesso de pacotes de operadores e armas “descontextualizada” quebrava a imersão da temática da Guerra Fria dos anos 90.


Black Ops 7 surge em meio a esse cenário caótico. Mesmo com polêmicas, seu trailer se tornou o mais visto da franquia no YouTube. Por ser um jogo de ambientação futurista, herdou o peso das decisões passadas, levando a Activision a promover mudanças para tentar reconquistar os fãs. Mas será que já dá para sentir essa diferença na beta?


O que achei da Beta de Call of Duty: Black Ops 7


Minhas expectativas estavam altas. Black Ops 2 (2012) foi um marco cultural, praticamente unânime entre fãs casuais e hardcore. BO7 é sua continuação direta, com traços que remetem a Black Ops 3 e 4. Visualmente, o jogo acerta em cheio na nostalgia como coloração, design, personagens voltando e a trilha sonora "Adrenaline" do mutiplayer do BO2 remixada que é uma das mais amadas pela comunidade.


Na prática, o gameplay lembra bastante BO6, especialmente na movimentação — mesmo com leve redução de velocidade. A diferença, porém, é a inclusão de mapas maiores, que trazem um respiro para a omnimovimentação, algo que já havia me conquistado  e que considero essencial para o futuro da franquia. Essa leve desaceleração torna a experiência mais “saudável” no geral, mas ainda necessita de ajustes para o bem do jogo.


Gameplay de Call of Duty: Black Ops 7 capturada pela Be Geeks
Reprodução: Be Geeks

O map design dos mapas presentes na beta é sólido e segue o tradicional modelo de três rotas da Treyarch, com variações e áreas planejadas para o uso do Wall Jump — lembrando os mapas de Black Ops 3. O saldo é positivo: a nova mecânica não é apelona, mas oferece possibilidades táticas interessantes para surpreender o adversário.


Os equipamentos com overclocks foram uma ótima adição, permitindo aprimoramentos em letais, táticos e séries de pontuação. São recompensas satisfatórias e bem equilibradas.


Gameplay de Call of Duty: Black Ops 7 capturada pela Be Geeks
Reprodução: Be Geeks

A sniper com “Wall Hack”, que viralizou nas redes, é um toque nostálgico — originalmente presente na campanha de Black Ops 2, na missão em Los Angeles. Ela pode ser combatida com a vantagem Sangue-Frio e, como se trata de uma série de pontuação, não chega a comprometer. Ainda assim, deve ser nerfada futuramente.



Gameplay de Call of Duty: Black Ops 7 capturada pela Be Geeks
Reprodução: Be Geeks

Durante a beta, a Treyarch demonstrou estar atenta ao feedback da comunidade. Diversas armas foram ajustadas em tempo real, mostrando que a Activision realmente quer reconquistar a confiança dos jogadores. Skins “viajadas” não serão lançadas, os itens de BO6 não serão integrados e os visuais dos operadores da edição Cofre foram ajustados.


Gameplay de Call of Duty: Black Ops 7 capturada pela Be Geeks
Reprodução: Be Geeks

Mas a mudança mais surpreendente da franquia em anos foi a adição de um modo sem SBMM durante a beta — algo impensável até então. Esse modo retoma o estilo clássico de partidas, como antes de Modern Warfare (2019).


A diferença é brutal: o jogo se torna mais divertido e acessível, tanto para iniciantes quanto para veteranos que estavam cansados de partidas intensas demais.


Gameplay de Call of Duty: Black Ops 7 capturada pela Be Geeks
Reprodução: Be Geeks

Por outro lado, há um ponto negativo: a obrigatoriedade do perk “Destreza”, introduzido em BO6. Ele acelera a movimentação e reduz penalidades ao pular ou deslizar enquanto mira, criando uma vantagem desproporcional. Quem não o usa, fica em desvantagem — tornando os perks do terceiro slot praticamente inúteis.


Gameplay de Call of Duty: Black Ops 7 capturada pela Be Geeks
Reprodução: Be Geeks

Como jogador experiente que explorou a movimentação ao máximo em BO6, afirmo: isso prejudica o equilíbrio e a essência da franquia, que sempre foi fluida e acessível, mas sem exageros. Call of Duty conquistou seu público por ser um FPS arcade e casual, e não um simulador competitivo extremo.


No geral, Black Ops 7 tem potencial — especialmente se mantiver o diálogo com a comunidade e continuar ajustando o SBMM. Apesar de mecânicas e TTK semelhantes a BO6, a direção parece mais promissora.


Gameplay de Call of Duty: Black Ops 7 capturada pela Be Geeks
Reprodução: Be Geeks

Zombies pela primeira vez na beta

O modo Zombies também marcou presença na beta com o mapa Vandorn Farm, um segmento de Ashes of the Damned, mapa do lançamento oficial. É uma homenagem direta à clássica Farm de Black Ops 2 que pertenceia ao mapa Transit, com atmosfera sombria e divertida — exatamente o tom que o modo precisava retomar.


Gameplay de Call of Duty: Black Ops 7 capturada pela Be Geeks
Reprodução: Be Geeks

Meu máximo foi a rodada 43, e a experiência é mais “fácil” que a versão original, já que agora há Wonderfizz, Soco em Lata, Caixa Misteriosa, mesa de equipamentos, melhorias de arsenal e até uma armadilha no cenário.


Há rodadas específicas com primatas zumbis, que lembram Ascension (BO1), porém bem mais irritantes pela velocidade. Em fases avançadas, enfrentamos um zumbi especial e um urso zumbi extremamente resistente, com pontos fracos destacados em laranja — além de ataques com colmeias de abelhas. É caótico e divertido.


Gameplay de Call of Duty: Black Ops 7 capturada pela Be Geeks
Reprodução: Be Geeks

Conclusão

O multiplayer de Call of Duty: Black Ops 7 tende a dividir opiniões até o lançamento — assim como aconteceu com Modern Warfare 3. Só o tempo dirá se o “preconceito inicial” se repetirá ou se teremos uma reviravolta positiva.


Para quem gostou de Black Ops 6 e da ambientação futurista ao estilo BO2 e BO4, vale dar uma chance. O jogo ainda carrega heranças da geração anterior, mas as mudanças, especialmente o modo sem SBMM, podem marcar um novo capítulo para a franquia.


UPDATE: TREYARCH ATENDEU OS PEDIDOS E O LANÇAMENTO DE BLACK OPS 7 SERÁ SEM O SBMM!

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