Crítica | Temporada 5 de Call of Duty: Black Ops 6 e Warzone
- Lucas Venancio
- 34min
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A Temporada 5 chegou ao Call of Duty: Black Ops 6 e Warzone com aquele combo que mexe com a comunidade: mapas novos, modos de jogo, eventos, adições em Verdansk, novo Passe de Batalha, pacote BlackCell, novos operadores, armas e itens cosméticos que exalam estilo no campo de batalha. Mas será que está compensando?
Mapas: o campo de batalha da renovação
Os novos mapas que chegaram no início dessa temporada entregaram o que a comunidade espera do game. 2 mapas inéditos, sendo:
Runway, que se passa em um aeroporto no Kuwait e Exchange, mapa de "Enfrentamento". Porém, com boa dinâmica, circular e 3 linhas de caminhos ao mesmo tempo. Particularmente, acho válido ter mapas pequenos, porém não deveria ser uma constância discrepante se comparado a introduzir mapas "normais" e isso está acontecendo durante todo o ciclo do Black Ops 6.
Reprodução: Be Geeks/ Lucas Venancio
E por último temos o retorno da "W.M.D" mapa clássico repaginado do Black Ops (2011) que já teve outras versões em games da saga, porém retorna como: World Motor Dynasty (W.M.D.). Se passando dentro do mapa Avalon de Battle Royale cancelado para a introdução de Verdansk no Warzone, mas temos um pouco de sua visão nos mapas de multijogador e veremos na campanha de Black Ops 7 em novembro.
Warzone: Estádio aberto
A temporada 5 do BO6 e Warzone entregaram uma experiência similar no quesito tempo, já que o National Acropolis Arena em Verdansk foi aberto inicialmente no Call of Duty: Modern Warfare (2019) na 5ª Temporada Recarregada em 2020. Mas as similaridades param, já que agora os jogadores inicialmente precisaram se juntar para abrirem o estádio com um novo contrato, "Hijack Satellite".
Reprodução: Be Geeks/ Lucas Venancio
A dinâmica foi interessante e colocou mais um elemento à jogabilidade no game, são essas pinceladas que a comunidade fica engajada e se diverte ao conquistar. O visual do estádio está modificado em sua parte central, já que novas construções e um satélite estão no meio do gramado do estádio (por isso o nome do contrato).
Reprodução: Be Geeks/ Lucas Venancio
Contudo, ainda tivemos a adição do modo "Ressurgência no Estádio" fixa no estádio e adição de eventos pelo mapa já nos guiando ao hype do proximo game Call of Duty: Black Ops 7 com debloqueio de recompensas.
Reprodução: Be Geeks/ Lucas Venancio
Passe de Batalha: mais que recompensas, identidade
No Passe premium (que pode ser adquirido por 1100 CP e ao completar recupera os pontos para comprar a próxima temporada), o Operador Sims chega ao game sendo o protagonista da vez e se integra à história póstuma do modo campanha de BO6.
Reprodução: Be Geeks/ Lucas Venancio
As recompensas passam por todos os gostos de personalização sem uma temática específica: aumento de 10% em XP do Passe Batalha, novos projetos de arma/skins como a Kilo 141 “Inférnica”, pingentes, decalques, finalizações, comemorações, cartões de visita, grafites, emblemas, artes para tela de carregamento, pontos COD, dobro de XP, novas gomas de matar para serem usadas no modo zumbi e toneladas de cosméticos para deixar seu inventário no capricho.
Já completei mais da metade do passe, vamos rumo aos 100% iguais nas temporadas anteriores.
Reprodução: Be Geeks/ Lucas Venancio
Armas nostálgicas retornam
Mas claro que para o jogador mais empolgado, as novas armas sempre são os grandes chamarizes e não precisam do passe comprado para obtê-las, entre elas temos: A metralhadora leve PML 5.56 na página 3, que se assemelha muito com a Bruen MK9 do MW 2019.
Jogando com ela, nota-se de cara que a nova LMG precisa de acessórios de recuo para se tornar viável, já que a mesma possui muito recoil para controlar e talvez seja a arma com mais coice em todo game e pode ser arrumada no futuro para se conectar à meta. E mesmo com 3 acessórios que coloquei (Empunhadura vertical, Mola de Recuo e Coronha de resistência), a PML ainda precisa de correção para acertar os adversários, porém é prejudicada no quesito mobilidade e sem dúvidas é um dos pilares do COD. Mas definitivamente é uma arma decente se controlada e consegue dar uma "saúde" ao jogo. E sou completamente a favor do lançamento de mais armas "diferentes" para sair da meta tradicional e colocar mais diversão ao gameplay.
Reprodução: Be Geeks/ Lucas Venancio
O retorno do Fuzil de Assalto ABR A1 na página 6, que é a clássica "AUG" em disparado de rajadas, mas com o assessório de alta cadência ela se transforma em automática. Vale lembrar que os 3 tiros da rajada são contínuos, ou seja, você não precisa ficar apertando ou clicando a todo momento a cada disparo, muito útil se comparado aos CODs anteriores.
Testando essa icônica arma, posso adiantar que, com o setup certo, os loobys serão dominados por você, já que ela é extremamente potente e versátil em curta, média e longa distância. Tanto no Multijogador e Warzone em seu modo tradicional, mas a transformando em automática será um dos melhores fuzis do jogo. Cheguei a seu nível máximo rapidamente, já desbloqueei sua camuflagem de diamante e, sem nenhuma "forçação de barra" não senti o tempo passar jogando com ela.
Reprodução: Be Geeks/ Lucas Venancio
E um novo assessório, o "Cano quebra-crânio 9mm PM" na página 7 do Passe de Batalha. Adicionando mais dano, precisão e reduzindo a cadência da pistola 9mm PM. E, na prática, funciona muito bem e fica divertida de se jogar, lembra uma Desert Eagle em alguns momentos. Vale a pena testar e provavelmente vai ser acessório, meta para essa pistola.
Reprodução: Be Geeks/ Lucas Venancio
BlackCell: luxo dourado em plena guerra
Sem dúvidas, é uma grande polêmica desde que foi introduzida no MW2 (2022), mas aqui não temos vantagens sobre o oponente, são apenas cosméticos que não influenciam diretamente na gameplay. Sendo itens mais "viajados" e vantagens de sair na frente no Passe de Batalha e XP adicional. Mas tudo tem seu preço e sabemos que o investimento é mais pesado, mas não é obrigatório já tendo adquirido o Passe Premium e se não comprou ainda tem os itens grátis que podem ser resgatados.
O destaque nessa temporada 5 é para Solace, Operador com armadura dourada refinada, detalhes etéreos e uma presença que impõe respeito. Solace e outros itens no pacote, na minha visão, remeteram muito ao visual do Senhor Destino da DC Comics, principalmente no jogo Injustice 2 (2017) e no filme Adão Negro (2022), que também possui outros personagens semelhantes a essa estética, além de outras referências míticas. A proposta estética do BlackCell dessa temporada é clara: transformar o campo de batalha ao banhamento de ouro puro.
Além de Solace, o pacote entrega:
20 pulos de nível no Passe de Batalha
1.100 Pontos COD de volta (ótimos para reinvestir)
Projeto Obra-Prima “Arauto” para Krig C
Finalização “Levado pelo Grifo” 🦅
Skins exclusivas para Sims, Stone, Toro, Maya, Niran e Carver
Sete projetos de armas com fitas celestiais animadas que dão um ar quase mítico ao loadout
Desbloquear uma página qualquer imediatamente
Insígnia de Clã
E, claro, quem já é veterano do BlackCell ganha bônus de fidelidade em XP que podem chegar a +40% para quem comprou todas as edições anteriores. Além de recompensas adicionais com desafios diários exclusivos para ganhar mais XP adicional para Multiplayer, Zombies e Warzone. Fora os itens em eventos ao decorrer da temporada.
Reprodução: Be Geeks/ Lucas Venancio
A sensação da Temporada 5
A Activision acertou no equilíbrio entre skins mais "pé no chão e viajadas" no Passe de Batalha dessa temporada. O BlackCell continua como opção premium para quem quer tudo desbloqueado no ato e skins de impacto, enquanto o Passe de Batalha tradicional mantém o conteúdo diversificado para todos. É um formato que conversa com veteranos e novatos e a presença de um Operador como Solace prova que estética e gameplay podem andar juntos. Mesmo aos que torcem o nariz em meio às polêmicas por causa dessa intenção do game a partir da Primeira Temporada se transformar em "irreal", já que com o lançamento o jogo sempre vem mais "militar".
Se a ideia era elevar o nível da personalização e dar motivos extras para voltar ao grind diário, a Temporada 5 entrega essa estratégia. O único ponto negativo são os eventos que no Black Ops 6 poderiam ser mais interativos, com mais frequência e com uma recompensa satisfatória após completar. O modo feito em parceria com o Round 6 talvez ainda seja o grande destaque e que possa ser copiado no futuro.
Já os mapas introduzidos são na medida, com 3 linhas de caminhos do jeito que a comunidade gosta e que a própria Treyarch se acostumou a introduzir em suas produções. As novas armas são legais e com destaque para ABR A1 que é prazerosa de se utilizar no gunplay.
Ainda, o contrato para abrir o estádio de Verdansk foi muito bem-vindo e interativo durante a partida, fazendo-a tornar menos monótona. Mesmo que por tempo limitado, já que agora está acessível sem precisar dos objetivos.
Para aqueles que já não gostaram do jogo ou estão cansados desse ciclo, ou de skins, a temporada 5 talvez não seja tão favorável para o retorno do jogador ao game. Agora é aguardar os eventos da season como o dos "Heróis dos anos 90" que chega essa semana e a Temporada Recarregada com novos conteúdos. Para mais matérias, notícias e críticas da nossa cobertura de Call of Duty, clique aqui.
