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Crítica | Multiplayer de Call of Duty: Black Ops 7 é uma experiência positiva, divertida e viciante

  • Foto do escritor: Lucas Venancio
    Lucas Venancio
  • há 59 minutos
  • 5 min de leitura
Recebemos o codígo do 'Call of Duty: Black Ops 7 - Edição Cofre' da Theogames e Activision para realizar nossas críticas e futuras matérias no site e a quem agradecemos por todo o suporte. Jogamos o game no PlayStation 5 no modo de 120hz. Já estamos com quase 3 dias de jogo no prestígio 6, diversos prestígios de armas e camuflagens liberadas para todos os fuzis de assalto.

Crítica | Multiplayer de Call of Duty: Black Ops 7 é uma experiência positiva, divertida e viciante. Imagem de gameplay capturada pela Be Geeks
Reprodução: Be Geeks

Pela quarta vez, eu poderia abrir a crítica contextualizando os olhares negativos que a franquia vem recebendo nos últimos anos devido a decisões criativas, da loja lotada de skins que destoavam da ambientação dos games e, principalmente, devido ao SBMM (partidas baseadas em habilidade), que transformava as jogatinas em verdadeiras batalhas intensas que pareciam finais de campeonato, tirando a diversão e a casualidade que sempre foram a essência de Call of Duty.


Diferentemente da campanha de Black Ops 7, que é um desastre, o modo multiplayer que realmente a comunidade sempre olhou primariamente está completamente diferente: prazeroso, viciante e divertido de se experienciar após mudanças que a Treyarch fez ouvindo os apelos da comunidade (e, claro, pela forte concorrência de mercado).


Já na beta, com a retirada do SBMM, a diferença na gameplay foi gritante, trazendo sentimentos que não tínhamos desde 2018, em Black Ops 4, que foi o último a não ter a presença dessa função de busca. Contudo, no jogo final conseguimos ter mais tempo para experienciar todas as melhorias que o jogo recebeu com os feedbacks.



E posso afirmar que o multijogador de BO7 não é só um dos melhores dos últimos anos, mas sim de toda a franquia em seu lançamento. A base realmente é do Black Ops 6, que foi criticado pela movimentação acelerada, slides em excesso, skins bizarras e mapas pequenos que transformavam tudo no caos ao lado do SBMM. Porém, o aspecto fica somente nas aparências, já que o novo jogo da franquia consegue ser melhor em todos os quesitos, sendo similar ao que foi feito em MWIII (2023) em relação ao MWII (2022).


As partidas estão mais “tranquilas” no geral. Se comparado ao BO6 até MW (2019), você consegue jogar bem e outras vezes não tão bem assim, criando variáveis divertidas nas partidas. Entretanto, como o jogo está sendo muito criticado e suas vendas estão muito abaixo do esperado em relação ao histórico da franquia, é possível notar que ainda é um jogo difícil; já que quem comprou realmente é fã, com o passar dos anos, os jogadores foram forçados a melhorar seu desempenho pelo SBMM.


Para quem gosta dos jogos da Treyarch e, principalmente, dos futuristas BO2, BO3 e BO4, vão gostar do sétimo título. Porque a alma desses jogos parece ter sido mixada junto ao BO6 de forma melhorada, e fica cada vez mais notório que Call of Duty tem uma separação bem diferente de ideias criativas entre seus estúdios desenvolvedores. Por aqui, as cores são vibrantes e tudo tem um ar mais “arcade”, acelerado, com mapas de três caminhos em sua maioria.



A movimentação, que foi um dos pontos negativos do antecessor, foi levemente reduzida e, paralelamente, a adição de mapas maiores com mais tempo de “respiro” torna a experiência muito mais agradável. Ainda temos mapas pequenos, mas a totalidade é muito mais satisfatória, com bons mapas em seu design, abundante já no lançamento e mapas remasterizados do BO2 que trazem uma nostalgia à parte.


Os pulos nas paredes (wall jumps), como disse na crítica da beta, ainda não foram tão bem explorados pelos players e estão sendo usados praticamente como atalhos para acessar locais, e não como um “pulo duplo” de Black Ops 3. Já os slides ainda são os principais mecanismos usados pelos tryhards, mesmo tendo diminuído um pouco a intensidade e ainda podem ser considerados ruins.


Um dos maiores temas de reclamação entre jogadores de PC vs consoles era a assistência de mira, que era muito forte e grudava como chiclete nos oponentes. Em Black Ops 7, mais uma decisão que achávamos que não viria foi atendida, sendo notória para quem joga no controle. O “nerf” foi bastante forte em curtas e médias distâncias, melhorado um pouco pelos feedbacks, mas nas duas primeiras semanas de vida útil exigiu uma nova adaptação até dos melhores jogadores. E, no meu ponto de vista, foi mais um acerto em fazer essa mudança.



Houve também uma melhora significativa nas vantagens, que foram alteradas de slots e unificações de funções, deixando de lado perks considerados inúteis ou esquecidos. Os aprimoramentos de granadas, táticos, equipamentos e melhorias de campo são uma grande adição, dando mais vida ao jogo e incentivando seu uso. As séries de pontuação estão fortes e divertidas, mantendo a essência que a franquia mostrou no passado e servindo como uma premiação para quem as conquista.


Falando em vida útil, Black Ops 7 é o jogo da marca com o maior número de “grinds” da história. Para quem ama buscar desbloqueios infinitos, esse jogo é para você: níveis de aprimoramentos, cartões de visita com desafios, desafios de armas, maestrias, um número assustador de camuflagens diferentes para serem conquistadas (incluindo camos de Zombies, Warzone e Campanha), além da volta do sistema de prestígio nas armas e os clássicos 10 prestígios somados ao prestígio mestre, com diversos desbloqueios igual no BO6.


Os respawns (renascimentos) da Treyarch geralmente são competentes, e aqui não vemos problemas gritantes no lançamento, o que ajuda ainda mais na diversão das jogatinas. Mas o maior problema está no balanceamento de armas, que precisa de ajustes para haver mais variedade nas partidas, além do fato de ser obrigatório para quem busca camuflagens. Como sempre, os rifles de assalto estão dominando, mas sabemos que isso não é saudável para o game.



Ainda não foi lançado o modo ranqueado, mas sabemos que terá muitas conquistas, igual está sendo nesse grind infinito de Black Ops 7. Os eventos semanais já começaram antes da Temporada 01, que vai implementar um sistema mais robusto de recompensas como visto no MWIII. E, por duas semanas consecutivas, tivemos eventos de 2XP de níveis e armas, além dos placares de líderes chamados de “Proving Grounds”. Nesse desafio, os jogadores precisam pontuar no multiplayer para alcançar colocações até o final do evento, ganhando recompensas como vales de XP, pingente, cartões de visita e uma variante da M15 MOD liberada com 80 mil pontos.


O novo modo “Fim da Jornada” (Endgame), que antes era acessado ao zerar a campanha, foi liberado para todos. A nova adição PvE é basicamente a união entre DMZ e MWZ. Está tendo boa aceitação na comunidade e é uma ótima adição para diversificar a experiência. A Treyarch já prometeu novos conteúdos com o passar das temporadas. Vale a pena testar, porque é divertido e permite subir a progressão também por esse modo, assim como no Zombies. E no multiplayer há um modo 20vs20 nos moldes de "Guerra Terrestre" com partes do mapa de Avalon do Endgame que é divertido e principalmente pela presença da Wingsuit.


E com a chegada da Temporada 01, prometida como a maior da história em conteúdos e aliada ao que foi fornecido no jogo base, BO7 se classifica como a melhor experiência da franquia para quem passa muito tempo no jogo, e tende a prender quem gostou do título.

Black Ops 7 será um dos jogos mais “hateados” da franquia, pelo contexto dos últimos anos que mancharam a marca e pela campanha ter sido um desastre. Mas, para quem permaneceu e gosta da franquia independente de qualquer coisa, esse jogo pelo menos nesses três modos está valendo muito a pena.



E o multiplayer, que é a pauta desta crítica, consegue ser infinitamente melhor do que seu antecessor e um dos melhores da saga. Porém, não conseguirá ter o grande público que deveria, apesar de sua verdadeira experiência ser extremamente satisfatória.

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