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  • Por: J.V. Vicente

Tomb Raider: A Origem | Crítica: Lara Croft, a heroína que o público não esperava, mas precisava.


Com direção de Roar Utaugh e elenco composto por Alicia Vikander, Dominic West, Walton Goggins e Daniel Wu, o filme conta a história de origem da heroína Lara Croft, uma exploradora ao estilo Indiana Jones. A personagem já teve dois filmes protagonizados por Angelina Jolie. O novo longa se baseia na fase mais recente dos games, onde a garota precisa aprender a sobreviver em uma ilha deserta. Lara Croft é a herdeira de uma fortuna que após descobrir segredos sobre seu pai, desaparecido há 7 anos. Ela embarca em uma aventura a caminho de uma Ilha no meio do mar do Diabo, onde seu pai desapareceu. Durante a jornada, Lara fica presa nessa ilha, que é dominada por agentes da organização criminosa denominada “Trindade”. Ao longo do filme, a garota precisa aprender a sobreviver enquanto descobre a ligação entre o desaparecimento de seu pai e a organização.

A atriz que escolheram para encarnar essa versão foi a ganhadora do Oscar Alicia Vikander (A Garota Dinamarquesa e O agente da UNCLE). Vikander carrega o filme nas costas, além de lembrar visualmente a personagem dos games. A atriz consegue passar uma atuação emotiva, o que desperta a empatia do público e fazendo parecer que ela realmente faz com que a personagem transpareça as emoções de desespero, angústia, tristeza e perigo.

Diferente da versão hiper sexualizada e sobre humana de Angelina Jolie, essa Lara Croft ainda não é essa lutadora marcial impressionante. Ela é uma garota determinada, brilhante, decidida, mas também uma pessoa comum que não sai chutando bundas por toda parte quando se encontra cercada de assassinos profissionais armados. A personagem precisa se adaptar para sobreviver em uma ilha cheia de criminosos, Lara se machuca, lesiona e traumatiza até se tornar a heroína “badass” que o público conhece.

O filme é mais sério e realista. A história não trata assuntos como sobrevivência e assassinato como coisas ordinárias. O roteiro mostra o peso dessas situações, assim como também aborda discretamente questões referentes ao tráfico humano e a corrupção.

No entanto, esses pontos positivos não apagam os problemas do longa, que sim, são gritantes. Além de abusar do CGI (Computação Gráfica), apresentar um roteiro genérico com diálogos rasos e uma trama clichê de“pai e filha”, do meio para o fim a história perde a boa construção que estava provendo.

O grande trunfo do filme ficam por conta do carisma da personagem e do brilhantismo de Alicia Vikander. A atriz consegue transpor emoções de desespero e perigo, mesmo o público sabendo que ela não está nem perto desse risco e que os ambientes perigosos são em sua maioria Computação Gráfica.

O novo Tomb Raider não é ruim, mas também não é grandioso. O longa é eficiente em contar uma história de origem e estabelecer as motivações de Lara Croft. Pode-se concluir que é um filme mediano e seguro, que não se arrisca muito, porém para o primeiro de uma franquia é algo melhor que histórias como “O Espetacular Homem-Aranha” e “Thor”.

Nota: 3,5/5

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