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  • Alexandre Agassi

Transformers: War For Cybertron - O Cerco | Crítica - Um excelente reboot para a franquia


Um começo promissor e que deve introduzir a franquia Transformers a uma nova geração de crianças. Transformers: War For Cybertron - Siege, ou O Cerco, em português, se define como um bom reinício da franquia que estava em stand by há alguns anos.

Com o fiasco do universo hiperrealista de Michael Bay, Transformers parecia ter encontrado o o fim da linha. Mesmo o filme de 2018 de Bumblebee que trouxe uma visão mais próxima ao desenho clássico da década de 80, ainda pode ser que demoremos para ver uma continuação. E então veio essa animação da Rooster Teeth encomendada pela Hasbro e cujo lançamento veio para a Netflix.

War For Cybertron provém de um jogo de 2010 da Activision feita para PlayStation 3, Nintendo DS e Xbox 360, e reconta a história da guerra entre os Autobots e Decepticons antes de deixarem seu planeta natal, Cybertron. E também, existe a linha de brinquedos da Hasbro, de onde usaram o design dos action figures para fazer a animação. A linha de Siege saiu no ano passado e já está a venda aqui, enquanto da continuação Earthrise saiu nos EUA, mas ainda não veio para cá.

Voltando a história, então temos um jovem Optimus Prime liderando os Autobots, mas triste com o rumo que a guerra está tomando, enquanto Megatron cresce em sua crueldade para poder levar essa guerra civil ao fim. Quando os Decepticons encontram uma pista do paradeiro de Allspark, a fonte de vida dos seres de Cybertron, Megatron fará de tudo para tê-lo e assim reformatar todos os Autobots para que eles então se curvem ao poder Decepticon. Optimus e os Autobots ficam sabendo dos planos do vilão e saem primeiro em busca do objeto a fim de evitar que caia nas mãos erradas.

O mais notável nesta animação é sem sombra de dúvida o desenho. A preocupação com cada detalhe, desde o cenário até os personagens. Em se tratando de uma guerra sem fim, tanto Autobots quanto Decepticons possuem rachaduras, partes queimadas. Não só isso, mas também a textura. Cenas quando dão um close no rosto dos personagens, é possível perceber uma certa textura, concedendo um pouco de tridimensionalidade em meio a uma animação 2D. Esse cuidado técnico é sublime e vale destacar a preocupação em ser fiel ao design dos personagens no desenho clássico.

Nesta introdução, não demora muito para nos apegarmos aos heróis, especialmente Optimus, mas também vale citar Elita, Ironhide, Ultra Magnus, Bumblebee, Jetfire e Wheeljack. A história inicia com um texto que procura criar uma dicotomia: escolha qual o seu lado na guerra, só que com o passar dos episódios torna-se evidente que os Autobots estão certos e seguem lutando pela libertação do povo de Cybertron, enquanto Megatron quer criar seu próprio império. Seu discurso pode ser sedutor, falando sobre liberdade e da luta contra os opressores, como todo ditador que cria um inimigo interno ou externo para ser derrotado. Inclusive, existe uma cena onde ele fala para todos os Decepticons, sendo que estes estão alinhados feito um exército e Megatron acima e no centro, deixando explícito a ideia de um poder centralizado e autoritário.

Ao todo, a série cumpre com maestria o seu papel e entrega uma narrativa que apresenta este mundo para novos fãs. Um grande cuidado técnico e ao mesmo tempo uma história fiel ao material original. O Cerco é um bom começo para uma trilogia que promete para o futuro.

Nota: 5 / 5

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