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  • Alexandre Agassi e Lucas Venancio

O Predador | Crítica - Uma homenagem ao clássico de 1987?


O Predador | Crítica - Uma homenagem ao clássico de 1987?

Uma sequência/reboot da franquia, O Predador (2018) teve um intenso investimento no marketing com a promessa de um filme à altura do clássico de 1987 com Arnold Schwarzenegger. E de fato o longa relembra o filme por meio de referências diretas e indiretas. Mas será que ele entrega tudo que promete?

O diretor Shane Black, apesar de ser mais lembrado por sua filmografia recente com o polêmico Homem de Ferro 3 (2013) e a aclamada comédia Dois Caras Legais (2016), está na realidade retornando à franquia Predador. Já naquela época, Black fazia o soldado Rick Hawkins no primeiro filme enquanto que no mesmo ano escrevia o roteiro de Máquina Mortífera (1987). Seu trabalho, no entanto, nesta continuação não é tão primoroso quanto se esperava.

Se o plot do longa de 1987 era um grupo de militares confinados num território inóspito em face de uma ameaça invisível, O Predador opta por uma trama mais complexa. O cenário único da selva é apenas um de vários que vão compondo o decorrer do filme: cidade, campos de futebol, laboratórios e muitos outros. Mesmo assim, esse é um dos pontos positivos, visto que o longa soube explorar bem os espaços, sempre norteando espectador diante do que acontece.

As cenas de ação são utilizadas juntamente com as emoções “thriller” que o alienígena transmite a quem está assistindo, com muita violência e brutalidade. Parecendo muitas vezes o game Dead Space, que une ficção científica com terror. A computação gráfica gera uma sensação de imersão, sentindo que as mortes, as lutas e o Predador sejam críveis na tela.

Keegan-Michael Key, Olivia Munn, Shane Black, Jacob Tremblay, Boyd Holbrook, Trevante Rhodes e Sterling K. Brown

Já os personagens da trama são carismáticos e têm cargas dramáticas de modo que o público fique interessado por eles. Casey Bracket (Olivia Munn), uma cientista/bióloga que estuda o comportamento e afins dos alienígenas, Quinn McKenna (Boyd Hollbrook), o “machão” líder de um grupo militar que é abatido pelo predador, com desejo de vingança e seu grupo de “soldados doidos”. Porém, o excesso de comédia incomoda, muitas vezes não funciona e deixa os momentos artificiais. A todo momento os personagens soltam piadas fora de contexto e em momentos de clímax, com isso tirando o foco da narrativa para os alívios cômicos.

A riqueza de referências certamente vai agradar os fãs mais velhos. O filme cita rapidamente acontecimentos dos filmes anteriores, mas não é uma sequência direta. Todavia, os efeitos sonoros da criatura como prenúncio dos momentos de tensão, a trilha sonora de Henry Jackman, os arquétipos dos personagens, tudo isso homenageia o clássico de 1987.

O filme de 1974 e um exemplo dos brilhantes efeitos especiais que os japoneses tinham na época

Contudo, uma novidade trazida para a franquia é a chegada do “Mega Predador”. Uma peculiaridade muito própria dos filmes de monstros são os vilões gigantes. Foi assim que surgiram criaturas geniais como a “mamãe Alien” no final de Aliens, O Resgate (1986), o clássico do cinema japonês King Kong vs Godzilla (1962) ou a luta épica de Godzilla vs Mechagodzilla (1974). Podemos notar essa característica também no mundo dos games com a presença do clássico final boss, onde no final de cada fase enfrentamos alguns vilões poderosos e “bombados”.

O diretor Shane Black mantém a essência do longa de 1987, mas renova a franquia. Dessa forma, o universo se expande e abre possibilidade para ganhar novas histórias dentro desse ícone da cultura pop chamado Predador.

Agradecemos ao convite da Acer em parceria com a Fox para a pré-estreia do filme.

Nota: 3/5

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